O que aconteceu no acidente com balão em Praia Grande (SC) - Resenha crítica - 12min Originals
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O que aconteceu no acidente com balão em Praia Grande (SC) - resenha crítica

O que aconteceu no acidente com balão em Praia Grande (SC) Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: O que aconteceu no acidente com balão em Praia Grande (SC)

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: 12min

Resenha crítica

Na manhã de sábado, 21 de junho de 2025, um acidente grave com um balão de ar quente chocou moradores e turistas da região de Praia Grande, no extremo sul de Santa Catarina. O balão, operado pela empresa Sobrevoar Serviços Turísticos, decolou com 21 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes. Pouco tempo após levantar voo, testemunhas relataram que chamas se espalharam dentro do cesto. O fogo teria começado em um dos maçaricos auxiliares, que são usados para controlar a temperatura do ar dentro do envelope (parte superior do balão).

Segundo o relato do piloto, Elves de Bem Crescêncio, uma das primeiras tentativas de contenção falhou quando o extintor de incêndio não funcionou. Com o fogo se alastrando rapidamente, ele teria gritado para os passageiros saltarem assim que o balão se aproximasse do solo. Parte do grupo conseguiu pular, mas a perda de peso fez com que o balão subisse novamente. Em seguida, ele caiu em chamas.

O acidente causou a morte de oito pessoas. Quatro morreram ao atingir o solo; outras quatro foram carbonizadas. Os demais ocupantes sofreram ferimentos diversos, incluindo queimaduras de segundo grau, fraturas e escoriações. Foram atendidos por equipes do SAMU e Corpo de Bombeiros, com apoio de aeronaves e ambulâncias locais.

O caso gerou forte comoção nacional. Imagens gravadas por testemunhas mostraram o momento em que o balão perdeu altitude e o desespero das pessoas tentando escapar das chamas. A região de Praia Grande é um polo do balonismo turístico no Brasil, com dezenas de voos realizados mensalmente. O acidente colocou em xeque a segurança dessas operações e abriu uma série de investigações para apurar o que falhou naquela manhã.

Quem se feriu

O balão transportava 21 pessoas no momento do acidente, entre passageiros e membros da equipe. O saldo da tragédia foi de oito mortos e treze sobreviventes com ferimentos de diferentes gravidades. Entre os mortos estão turistas de diferentes estados do Brasil, incluindo um médico do Rio Grande do Sul, uma engenheira de São Paulo, um patinador artístico de renome e uma mãe com sua filha, que viajavam juntas. Quatro dessas vítimas morreram por queimaduras e quatro faleceram em decorrência do impacto após a queda. Os nomes foram confirmados pelas famílias e pelas autoridades locais nas horas seguintes ao acidente.

Os treze sobreviventes foram socorridos pelo SAMU e pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. A maior parte foi encaminhada para o hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres (RS), cidade próxima à região do acidente. Alguns apresentavam queimaduras de segundo grau, fraturas e escoriações. Todos os feridos receberam alta hospitalar nos dias seguintes, segundo boletins médicos. Apesar do trauma físico e psicológico, os sobreviventes relataram que conseguiram saltar do balão quando este tocou o chão pela primeira vez, antes de subir novamente.

Entre os sobreviventes está o piloto Elves de Bem Crescêncio, que também ficou ferido. Ele possui habilitação válida na ANAC e mais de 700 horas de voo. Crescêncio prestou depoimento às autoridades e relatou que tentou controlar o incêndio, mas o extintor não funcionou. Sua atuação será analisada pela investigação.

Os relatos das vítimas serão fundamentais para reconstruir os segundos decisivos entre o início do incêndio e a ordem de salto dada pelo piloto. Também podem ajudar a esclarecer se houve falha no protocolo de segurança, no treinamento da tripulação ou na manutenção do balão — pontos cruciais para entender a gravidade do acidente.

Quem é o culpado?

A responsabilidade pelo acidente ainda está em apuração, mas três frentes estão sendo investigadas: a empresa operadora do voo (Sobrevoar Serviços Turísticos), o piloto responsável e possíveis falhas técnicas ou de manutenção do balão. O Ministério Público de Santa Catarina abriu um inquérito civil para averiguar se a empresa cumpria as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), como a validade do Certificado de Aeronavegabilidade, seguros obrigatórios, e a qualificação técnica do piloto.

O piloto, Elves de Bem Crescêncio, afirmou que o fogo teria começado em um maçarico auxiliar. Ele também relatou que o extintor de incêndio não funcionou quando tentou controlar as chamas. Se confirmado, esse ponto pode indicar falha grave de manutenção ou negligência operacional, já que a presença e o funcionamento de extintores são obrigatórios em voos turísticos. A Polícia Civil também instaurou inquérito para apurar se houve imprudência ou negligência, tanto do piloto quanto da empresa.

A empresa operadora divulgou nota lamentando o ocorrido, mas ainda não prestou esclarecimentos técnicos detalhados. Especialistas em aviação afirmam que a investigação deve se concentrar em três fatores: a origem do incêndio (problema técnico ou manuseio incorreto), o funcionamento dos dispositivos de emergência (como extintores), e a decisão operacional de decolar com o equipamento em uso.

A ANAC informou que o balão tinha licença ativa, e que o piloto era devidamente habilitado. No entanto, esse tipo de liberação depende também da responsabilidade diária da empresa por garantir que os equipamentos estejam em perfeitas condições de uso. Se for comprovado que o extintor estava vencido, mal posicionado ou não era compatível com o equipamento, a empresa poderá ser responsabilizada por homicídio culposo e por descumprimento de normas de segurança.

A apuração completa ainda pode levar semanas.

Como isso poderia ter sido evitado

Acidentes com balões são raros, mas quando ocorrem, geralmente envolvem falhas humanas, técnicas ou de supervisão operacional. No caso de Praia Grande, as primeiras informações apontam para uma sucessão de erros evitáveis. O fogo teria começado no maçarico auxiliar — equipamento essencial para manter o balão em voo — e se alastrado rapidamente. A tentativa de conter as chamas falhou porque, segundo o piloto, o extintor não funcionou. Essa falha específica já levanta um ponto central: os equipamentos de emergência estavam revisados e aptos para uso?

Outro fator crucial é o plano de evacuação. Em atividades de risco, como o balonismo, é fundamental que passageiros recebam um briefing claro antes do voo, incluindo como agir em caso de incêndio ou queda. Ainda não se sabe se isso ocorreu. Além disso, em muitos passeios, turistas são levados a crer que o voo é totalmente seguro, sem exposição real aos riscos — o que reduz a vigilância e a capacidade de reagir com rapidez.

A decisão de decolar mesmo com possíveis sinais de instabilidade técnica também pode ser questionada. Em ambientes de turismo comercial, há pressão para manter cronogramas, especialmente em regiões com grande fluxo como Praia Grande. Essa pressão pode levar empresas a minimizar alertas de segurança.

Por fim, há a questão da redundância de equipamentos e protocolos. Balões devem contar com múltiplos extintores, kits de primeiros socorros, rádio de comunicação funcional e checagens rigorosas antes de cada voo. A ANAC exige manutenções regulares, mas a fiscalização presencial em campo é limitada. Em resumo, o acidente poderia ter sido evitado com manutenção rigorosa, protocolos reforçados e supervisão constante.

Não foi uma fatalidade inevitável — foi um colapso de prevenção em uma atividade de alto risco.

Voar de balão é seguro? Como aumentar a segurança

Voos de balão são classificados como uma das formas mais seguras de turismo de aventura — mas isso depende de três fatores principais: manutenção do equipamento, preparo do piloto e cumprimento rigoroso de protocolos de segurança. Estatísticas da ANAC indicam que acidentes com balões no Brasil são raros, mas quando acontecem, têm potencial de alta letalidade, justamente porque o controle do voo é limitado e não há estrutura rígida de contenção em caso de falha.

No caso do acidente em Praia Grande, falhou justamente o que deveria ser mais confiável: o sistema de contenção de incêndio. Um extintor inoperante pode transformar um problema técnico isolado em tragédia. Por isso, especialistas afirmam que o padrão de segurança precisa incluir redundância de equipamentos, simulações de emergência periódicas e transparência com os passageiros.

Para o passageiro comum, é difícil avaliar se o balão é seguro apenas olhando para a estrutura. Por isso, algumas atitudes podem aumentar sua segurança:

  • Verifique se a empresa tem registro ativo na ANAC (pode ser checado online).
     
  • Pergunte há quanto tempo o piloto voa, quantas horas de voo tem, e se está em dia com exames técnicos.
     
  • Exija um briefing de segurança antes do embarque.
     
  • Observe se há extintores, rádio, kit de primeiros socorros e equipamentos visíveis de contenção.
     
  • Evite voar em condições de vento forte ou baixa visibilidade — o piloto pode ser pressionado a decolar mesmo assim.
     

Turismo de aventura requer respeito aos riscos. A experiência de sobrevoar montanhas e vales pode ser memorável — mas só se for também segura. A responsabilidade é compartilhada entre empresa, piloto, órgãos fiscalizadores e o próprio passageiro, que deve buscar informação e fazer escolhas conscientes.

O que esperar para o futuro

O acidente com o balão em Praia Grande deve marcar um ponto de inflexão para o turismo de aventura no Brasil. A primeira consequência esperada é o avanço das investigações conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. A empresa responsável será intimada a apresentar registros de manutenção, laudos técnicos do maçarico, certificados do extintor e comprovações de treinamento da equipe. Caso irregularidades sejam encontradas, pode haver sanções administrativas, civis e criminais, incluindo suspensão das atividades e responsabilização direta dos gestores.

Em segundo lugar, espera-se uma revisão imediata das normas de segurança aplicadas a voos turísticos. A ANAC já declarou que fiscalizações extraordinárias serão realizadas nos polos de balonismo mais ativos, como as regiões de Torres (RS), Piracicaba (SP) e Brasília (DF). Há também pressão para que novos protocolos de emergência sejam exigidos: simulações obrigatórias, inspeções mais frequentes e maior clareza nos briefings dados aos passageiros.

Outra consequência provável é o aumento na conscientização pública. Muitos turistas, antes entusiasmados com voos de balão, passam agora a questionar a real segurança da atividade. Empresas sérias poderão usar esse momento para reforçar a confiança dos clientes com ações de transparência: publicar checklists de manutenção, abrir canais para tirar dúvidas e divulgar rotinas de segurança.

A longo prazo, esse caso pode contribuir para uma cultura mais madura de turismo de risco no Brasil — onde a experiência não elimina a responsabilidade. O episódio deve servir como exemplo de que lazer e segurança não são escolhas opostas, mas sim complementares. O futuro do balonismo no país vai depender da resposta institucional a essa tragédia e da capacidade das empresas de restaurar a confiança com responsabilidade e preparo técnico.

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